quinta-feira, 26 de maio de 2016

AINDA SUBO EM BANQUINHOs

Bisc, não tinha como ser diferente, para te responder tive que criar coragem e enfrentar as folhas em branco. O tempo passou, e com ele as coisas foram criando novos sentidos e mudando seus rumos, assim como nós, sim, as roupas e os cabelos continuam iguais, mas o olhar, esse sempre muda a cada despedida, algumas coisas perderam o brilho, e do preto passei a gostar mais do branco e de tudo que me traga paz. Como tudo deve ser, crescemos, tudo fica um pouco mais complicado, e as obrigações exigem muito da gente, quase não sobra espaço, mas não se engane, no vão de tudo que já foi dito, as coisas que são verdadeiras resistem a lei da vida, nossa amizade passou por turbulentas tempestades, mas sempre veio o sol pra iluminar tudo novamente, estou á quilômetros de distância, e isso serviu apenas pra mostrar que não existem pequenas ou grandes distâncias, pois ambas ferem com a mesma intensidade. Você me conhece o suficiente pra saber que se for falar da gente sou capaz de reescrever a Bíblia com o século 21 na edição traduzida, não precisa de muito, basta apenas que saiba que algumas mudanças foram necessárias pra seguirmos em frente, e nessa estrada te trouxe comigo, não tenha medo, lá dentro ainda sou aquela garotinha assustada, de poucos amigos, carente e carinhosa, protetora, no fundo ainda sou aquela que sobe em banquinhos pra alcançar as coisas no armário, aquela insegura e ciumenta, que precisa de abraços mesmo que não diga, mesmo que não pareça, talvez seja uma máscara pra proteger, mas você sabe a senha, e sabe aonde me encontrar, aonde quer que eu esteja, estarei sempre ao seu lado, e vou responder sua última dúvida, quando olharem nossas fotos juntas, irão dizer: “Por isso que ela é minha Madrinha Mamãe?”

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